quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Sem sombra de culpa

É muito mau quando temos de mentir a um amigo mas, pior ainda, é quando temos consciência que só lhe mentimos porque não podemos confiar nele.
Então eu pergunto:
Se não podemos confiar nele, porque insistimos em chama-lo de amigo? E se não é realmente amigo, porque havemos de nos sentir culpados pela mentira?

21 comentários:

  1. É pá, há "amigos" que são assim um bocadinho para o esquisito... não são "amigos amigos" e também há aqueles que têm mesmo um problema de não serem confiáveis... não é defeito, é feitio!!!
    Não ajudei pois não?
    Naaaaaaa....
    ;-)

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  2. Depreendo que já foi uma amigo digno de confiança e que apesar de saberes que afinal não podes confiar nele, ainda te é dificil deixar de o considerar amigo, em nome das boas coisas que passarm juntos. Eu tenho um problema semelhante, com alguém que acreditei ser genuína e depois vim a descobrir que andava mas é a inventar a torto e a direito, a pegar nos meus problemas e a criar histórias para chamar atenção sobre si. Deixei de confiar nela, mas não consegui, de imediato, deixar de falar ou afastar-me. Foi algo que aconteceu lentamente, mas a verdade é que já não havia condições para prosseguir. Se é este o teu caso, imagino que acabará por terminar assim também.

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  3. ccunha:

    "não é defeito, é feitio!"

    Pois... o problema é que eu tenho uma grande dificuldade em lidar com feitios pouco confiáveis.

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  4. Allie:

    Curiosamente, não me é nada difícil deixar de considera-lo/a como um amigo/a, até porque a fase da surpresa/indignação/desilusão já passou. Se pensar bem, no fundo, até já deixei, a partir do momento em que deixei de confiar.

    A verdade é que, estupidamente, sinto-me sempre mal com a mentira... mesmo quando sei que a outra pessoa não é digna da verdade. Vai-se lá entender...

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  5. Há amigos e há conhecidos, nos amigos confiamos sempre, se tal não acontecer, são conhecidos. Quanto à mentira, sentirmo-nos ou não culpados, acho que depende da mentira em si. Há mentiras necessárias.

    Beijo

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  6. É o vicio de chamar amigos às pessoas com quem convivemos. Conheço pessoas há mais de 20 anos que nunca foram nem serão meus amigos.

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  7. Olá Ana,

    gostei de ler este teu blog e quanto a este post em particular que hei-de dizer? Geralmete sou muito práctica, o que não quer dizer que não sinta um amargo de boca, mas... se deixo de ter confiança, então a palavra e sentimento "amizade" deixam de existir. Logo, sentimentos de culpa não terei com certeza.

    :)

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  8. Se calhar é uma questão de hábito...
    Como não os podemos denominar doutra forma, usamos essa... :S

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  9. Hermes:

    Ou há aqueles que julgamos amigos e, de repente, percebemos que nunca passaram de conhecidos.

    Quanto á mentira... foi mais que necessária, foi essencial!

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  10. Bruno Fehr:

    Um vício, sim... mas fácil de abandonar.

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  11. Maldonado:

    Podemos sim, é só uma questão de perder um hábito e ganharmos outro.

    Obrigada pela visita!

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  12. Alexandra:

    Também penso assim e reajo assim... o sentimento "amizade" deixa de existir assim que a confiança se perde.
    Mesmo assim, e mesmo sendo a mentira necessária e essencial, há um pequeno sentimento de culpa estupido e absurdo que nem sempre consigo controlar. Mas é por pouco tempo, depois passa logo:-))

    Beijinhos

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  13. Eu sentir-me-ia mal, culpada - se preferires assim - simplesmente por ter mentido, não pelo destinatário da mentira.
    Porém, se não é uma pessoa em quem posso confiar, então não é bem um amigo, salvo situações extremas de pessoas com problemas... Enfim, não me alargo, mas existem.

    Beijinho e gostei do espaço!

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  14. Mi:

    Pois bem, a questão é essa. Mesmo sabendo que se trata de alguém em quem já não posso confiar, porque deu provas disso, não consigo evitar sentir uma pontinha de culpa pelo simples facto de ter mentido.
    Ao mesmo tempo, sinto-me estúpida por me sentir culpada... afinal, se tivesse dito a verdade a quem não devia, estaria a trair quem é de confiança.

    Volta sempre!

    Beijinhos

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  15. Simples
    Não podes confiar logo não é teu amigo logo não faz sentido sentires culpa em mentir-lhe. Mentir é sempre mau mas se for a alguém que seja a alguém em quem não confiamos. Puro e simples...

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  16. C.C.:

    Sinto-me sempre mal com a mentira, seja a quem for, mas neste caso percebi desde o início que não fazia sentido. Tens razão, sim... é simples.

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  17. Fizeste-me pensar que de facto não é comum ouvir a expressão ex-amigo.

    Confiança e Amizade são conceitos muito vastos. Para quem (como eu) vê escalas de cinzentos entre branco e preto, o significado de "amigo" e de "confiança" é avaliado de cada vez que se usa.

    Quanto à questão da mentira (comento só porque de facto perguntaste), tento uma hipótese à sorte: será esse sentimento de culpa resultado de uma NÃO convicção da necessidade da mentira? (uma espécie de sentimento de culpa por se escolher um caminho mais fácil do que algum outro mais adequado que até se consiga imaginar?)

    **************

    Entretanto, só depois de tudo isto escrito é que, relendo o post, reparei no "Naaaaaa..."

    :)

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  18. Criptog:

    Já tinha saudades destes teus comentários, digamos que... á Criptog!lol

    Bom, de facto, o meu "naaaa..." acaba por ser a minha resposta ás perguntas que faço no post, depois de ponderar a questão da confiança (ou falta dela) e na forte convicção da necessidade da mentira.

    Beijinhos

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  19. Se não podes confiar não é amigo.

    Amigos há poucos. Muito poucos.

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