Passamos uma vida inteira a encontrar e a desencontrar pessoas. É
normal, e muitas vezes inevitável que, a determinada altura, e por qualquer
motivo, as pessoas se separem, percam o contacto, deixem de se ver, de estar
juntas, de fazer parte do mundo umas das outras. E se algumas há que pouco
acrescentaram aos nossos dias, ou apenas passaram por eles como meras peças do
cenário e, como tal, nem pensamos nelas,
outras ficam guardadas naquele cantinho
especial das nossas lembranças que nos fazem sorrir e sentir saudades de outros
tempos. Pode ser aquela melhor amiga dos tempos de escola, ou aquela paixão que
nos fazia suspirar entre uma aula e outra, ou aquele grupo de amigos com quem partilhámos muitos e bons momentos. Ou
talvez nem precisemos de ir tão atrás no tempo, e podem ser apenas aquelas pessoas
com quem nos cruzámos num passado recente e que, marcando a diferença, nos
deixam aquele sensação de “saber a pouco”.
Quando penso nisto, e nas pessoas que, de alguma forma, foram importantes para mim, não posso deixar
de me considerar uma sortuda, já que a vida me tem dado a oportunidade de as
reencontrar todas, mais cedo ou mais tarde. Poucas, ou talvez nenhumas, são
as pessoas que me foram especiais e de quem nada sei actualmente. É aquela
melhor amiga dos tempos de escola, é aquela paixão que me fazia suspirar entre
uma aula e outra, é aquele grupo de amigos com quem partilhei muitos e bons
momentos. Todos estão aí, à distância de um telefonema. Há quem diga que nada
acontece por acaso, que o tempo e a distância só afasta definitivamente quem não
pesa na nossa história, que os desencontros apenas servem para percebermos a importância
dos outros e que, no final, de uma forma ou de outra, a vida lá dá um jeitinho
de nos trazer de volta quem conta.
Não sei se sou tão fatalista assim, se acredito que isto
está tudo programado como alguns dizem, se essa coisa de destino existe ou serve
apenas para vender livros, mas a verdade é que encontro sempre algum conforto na
constatação de que só me perdi definitivamente de quem não interessou para a minha história. Talvez por isso não tenha assim
tanto medo de perder pessoas, de me desencontrar delas, de as perder de vista.
No fundo, acho sempre que a vida dá lá as suas voltas, mas sempre nos leva de
volta aos lugares certos. E quem diz lugares, diz pessoas.
"das nossas lembranças que nos fazem sorrir e sentir saudades de outros tempos. Pode ser aquela melhor amiga dos tempos de escola, ou aquela paixão que nos fazia suspirar entre uma aula e outra, ou aquele grupo de amigos com quem partilhámos muitos e bons momentos. Ou talvez nem precisemos de ir tão atrás no tempo, e podem ser apenas aquelas pessoas com quem nos cruzámos num passado recente e que, marcando a diferença, nos deixam aquele sensação de “saber a pouco”."
ResponderEliminar"No fundo, acho sempre que a vida dá lá as suas voltas, mas sempre nos leva de volta aos lugares certos. E quem diz lugares, diz pessoas."
A vida dá muitas voltas mas acaba por nos "atirar" para o caminho certo.. Nós é que por vezes não queremos ver. Eu acredito em destino, mas também acredito que ainda tenho muito para aprender.. Entretanto, vou sendo feliz* :)
Se é para vender livros, ou não, não sei. Se há destino pré-traçado, ou não, não faço ideia, mas que concordo e sinto tal e qual como descreves, é verdade.
ResponderEliminarE digo mais, tão verdade.
Acho que cada um de nós traça o seu destino.
ResponderEliminarObrigado pelas dicas sobre Atenas :)
Não sei se o destino existe ou não, mas se existir está muito zangado comigo, porque não põe no meu caminho quem eu quero. Tenho sorte porque vou encontrando quem me marcou, mas não todos...
ResponderEliminarAs pessoas vão e vêm! é normal isso acontecer. Por isso não nos devemos apegar muito a elas... nunca se sabe o que o futuro reserva!
ResponderEliminarOra eu não diria melhor...tens toda a razão!
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