segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ai agora não gostas?

Imaginem que estou a conversar com alguém e começo a contar que vi duas batatas de mãos dadas a atravessar a avenida. Descrevo as batatas, conto como estavam, onde iam, o que diziam e, vai daí, a outra pessoa atropela-me completamente o discurso, interrompe-me, e começa a falar de botões. Eu faço-me de surda, finjo que não notei a irritante falta de educação, e continuo a falar das batatas que vi. Então a outra pessoa interrompe-me novamente e começa a falar de gelados. Mais uma vez eu finjo-me de surda e continuo a falar das ditas batatas. A cena repete-se mais algumas vezes até que eu, finalmente, termino o meu discurso e calo-me, dando a vez à outra pessoa para que conte a sua história. Então ela lá começa a falar de aviões e eu, bruscamente, interrompo-a e começo a falar de bonés. 

A menos que a dita pessoa seja realmente burra e não se toque, vale a pena ver a expressão.

19 comentários:

  1. Grande conversa da treta...
    Beijoca charmosa e atrevida nesta segunda feira
    Aguardo a tua visita

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  2. Será necessário explicar que as batatas, botões, aviões e bonés são apenas exemplos e que não era exactamente sobre isso que se conversava?

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  3. Ahahaha boa!detesto que me façam isso e digo logo.

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  4. Há muitos faladores por aí, mas muito poucos ouvintes... E boa educação também escasseia. :)

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  5. Eu também fico super chateada quando me fazem essas merdas. Mas normalmente calo-me e se as pessoas estavam realmente interessadas em ouvir o que eu estava a dizer vão perguntar, caso contrário quem fica a perder são eles . :D

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    1. Eu também me calava, mas agora apetece-me fazer as pessoas sentirem na pele, porque só assim se dão conta. E, às vezes, nem assim.

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  6. Esse tipo de pessoas sao as que eu considero que adoram ouvir-se falar. Gostam mais da voz delas mesmas à dos outros. Nao tenho muita paciencia!

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  7. Isso acontece porque há pessoas a quem só interessamos como planeia. Não existe qualquer de interesse de interacção. Os nossos ouvidinhos são uma espécie de bálsamo para os seus egos pestilentos.

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  8. ahah conheço a coisa irritante. Há quem não se cale um segundo em prol de se ouvir apenas.

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  9. Eu já tive esse terrível hábito. Vá, talvez não fosse assim terrível. Mas assim que me apercebi de como estava a ser enervante comecei a controlar. Agora fico tremendamente embaraçada quando me vejo a agir assim ainda que seja num breve momento logo seguido de um "desculpa".

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  10. assim é mesmo difícil de manter um discurso!:D

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  11. Fazes bem. Às vezes parece que faz parte chamar alguém à razão pela maneira mais subtil...

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  12. Uns chamam-lhe falta de sensibilidade eu cá acho que é falta de educação.

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  13. Ehehe! Talvez essas "batatas" fossem tema não grato para a amiga. E como não te conseguiu dizer na cara que não queria falar dessas duas "batatas", foi falando de tudo o resto.

    Não me lembrei desse recurso de também desatar a falar de "aviões" quando saí da escola com uma colega para podermos as duas acertar pormenores sobre um trabalho de grupo. Cada vez que eu abordava o tema ela respondia:
    - "Não sei o que vou fazer à minha vida! Não sei o que decidir. Vi uma saia curta liiiinda e tenho de a comprar". Novamente trabalho de grupo e ela a responder: "Mas ao mesmo tempo vi numa montra um top muito giro! Tenho de comprar os dois! Mas este mês só tenho dinheiro para um. Qual achas que devo comprar? Dá-me uma ajuda".
    -"Compra aquele que te faz mais falta. Se dizes que já tens muitas saias. Quanto ao trabalho de grupo, acho que podiamos fazer...." E ela:
    - "mas olha, não estás bem a ver: é uma saia de bombazine, curta, castanha, com estas aplicações, este corte, este bolso, blá, blá, blá"....

    Aquela calçada que conduzia até à entrada da casa dela parecia nunca mais ter fim e estava ansiosa de lá chegar para lá a deixar. Não se calava! Foi o caminho todo a falar do top e da saia.... que papagaio. Que tópico achas que devia ter introduzido?

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  14. "É isso e as barracas da povoa" é uma expressão que eu usava no norte quando falavam de alguma coisa que nada tinha a ver com o que eu dizia.

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