domingo, 9 de dezembro de 2012

E no Porto, como foi? - I

Sexta-Feira

Depois de alguns percalços que atrasaram a nossa saída de Lisboa, lá parti com a Margarida rumo ao Porto. A viagem foi rapidinha e fez-se bem, mas assim que chegámos à Invicta começou a confusão. "Ah e tal, passam a ponte e depois vão sempre para a direita em direcção ao centro. Sigam as indicações do centro, sempre para a direita, depois é logo aí." Dizia-nos um dos comparsas que nos esperava para jantar. E nós lá fomos em direcção ao centro, sempre para a direita. E novamente para a direita. Mas depois já não dava para continuar a ir para a direita. E já não havia indicações a dizer "centro". Nem placas com os nomes das ruas. E parámos algumas vezes para perguntar e ninguém sabia onde era a rua que procurávamos. "Ah e tal, e dão a volta por aqui e por ali, e é logo aí". Sim, sim... não nos fossem buscar a umas bombas de gasolina quaisquer ao pé do rio e ainda hoje andávamos às voltas pelas ruas do Porto à procura do tal sitio que era "logo ali".

Encontrado o nosso destino, fomos fazer o check in na residencial. Assim que entrámos, demos de cara com um homem de ar sinistro, tipo filme de terror, que eu sinceramente achei que ia sacar de um facalhão quando se virou para nos dar a chave do quarto. Depois acompanhou-nos até ao 2º andar, com um sorriso meio tarado, e a arfar uma espécie de "humm, humm, humm". Largámos as coisas no quarto e saímos dali rapidamente para jantar, sem saber muito bem o que nos esperava quando voltássemos.

Jantarinho com mais dois bloggers - ele já conhecia, ela fiquei, finalmente, a conhecer - com boa comida e bom vinho, seguido de uma ida às ruas dos bares (não me perguntem que zona era aquela, que para mim aquilo era tudo igual, e eu fiquei com a sensação de que andava sempre no mesmo sítio). Muito trânsito, demasiado trânsito, trânsito por todo lado, ambulâncias, polícia, a loucura! Nunca mais reclamo do trânsito de Lisboa, juro!

De volta a residencial já de madrugada, lá estava o senhor de sorriso tarado à nossa espera, a arfar, e um outro sentado ao computador a ver sites de gajas. Trancámos a porta do quarto com várias voltas e rezámos para que não nos sacassem nenhum órgão durante a noite.

Umas horas depois, acordámos. Estávamos inteiras.

8 comentários:

  1. O Porto é o centro do mundo! É tudo igual para que as pessoas se sintam logo e imediatamente em casa, com um sentimento de reconhecimento e familiaridade, está tudo muito bem pensado... Claro que às vezes todas as direitas são logo ali, porque é tudo igual, não se pode querer tudo!

    E isso do trânsito do Porto foi um fenómeno anormal.

    Resumo foi tudo bom e maravilhoso. Até os senhores na residencial coloriram a tua estadia e deram-te histórias melhores - ui para lá de melhores que as de Lisboa! - para contar :P

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  2. A cena da Residencial serve para apimentar e dar mais ênfase a aventura ;) do género "Sobrevivemos a um filme de terror" ;)

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  3. No Porto é tudo perto. Mas para ir a pé! De carros só um uma GPS a dizer " - Vire á direita. 50metros á esquerda" de resto só de taxi (Que por acaso eram do Porto!) ou então com guias nativos.

    Galerias Paris? Foste? É assim estilo Bairro Alto, mas so numa rua

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  4. Ora pois que tenho que confirmar tudo o que aqui foi dito.
    Gostei especialmente do senhor a ver gajas na net...

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  5. Confirmo...eu k sou do Porto....a malta aki da ardeia é muita baril!!!!
    :)

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