terça-feira, 15 de novembro de 2011

Lição aprendida, lição esquecida

Há uns seis ou sete anos, eu e uma amiga minha, resolvemos convidar dois amigos especiais para um jantar todo xpto aqui em minha casa. Passámos a tarde toda na cozinha a tratar de todos os pormenores e a tentar deixar tudo pronto com alguma antecedência, para termos tempo de nos arranjar com calma e dar os últimos retoques na sala. Estava previsto eles chegarem por volta das nove, e eram sete e pouco quando finalmente parámos para respirar. Estava tudo perfeito, menos nós. Vestidas com roupa de andar por casa, de chinelo no pé e o cabelo a cheirar a fritos, decidimos descer para despejar o lixo e beber um cafezinho antes de saltarmos para a banheira. Foi então aí que, aquela noite que se adivinhava perfeita, rapidamente se tornou numa sufocante corrida contra o tempo. 

Ao lançar o saco do lixo para o contentor, as chaves de casa que estavam na mesma mão, foram atrás, presas no atilho. Foi o terror. Já era de noite, não se conseguia ver nada para dentro do contentor, não se conseguia chegar ao saco. Estávamos na rua, todas maltrapilhas, com um jantar fantástico na cozinha e dois convidados a caminho. Fui bater à porta do meu vizinho e, depois de lhe explicar o sucedido, ele emprestou-nos uma lanterna e o cabo de uma esfregona, para que pudéssemos desviar os sacos até encontrarmos as chaves. Empoleirámo-nos no contentor e lá começámos a busca. Ela segurava na lanterna e eu desviava os sacos. Nada. Trocámos. Ela desviava os sacos e eu segurava na lanterna. Nada. Voltámos a trocar. E mais uma vez. E outra.

O tempo passava, já não aguentávamos a dor nos braços, o cabelo já não cheirava a fritos mas sim a lixo, eles deviam estar quase a chegar e nós penduradas no contentor. O meu vizinho estranhou a demora e resolveu descer para nos ajudar. A muito custo, muito sujas e cheias de arranhões por causa das porcarias que tivemos de desviar dentro do contentor, lá encontrámos as benditas chaves. Corremos para casa, tomámos banho, vestimo-nos, e às nove em ponto os nossos amigos chegaram. Estava tudo perfeito, o jantar correu lindamente, a noite não podia ser melhor, mas cada vez que olhávamos uma para a outra sabíamos o que estávamos a pensar: o cheiro do lixo não nos saía do nariz.

Desde esse dia, nunca mais segurei o saco do lixo e as chaves na mesma mão. Quer dizer, nunca mais até há duas horas atrás.

27 comentários:

  1. Ai, mas as chaves desta vez ficaram na tua mãozita ou foram parar ao lixo também? Ai que cena :O

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  2. ahah que terror =))

    www.facebook.com/sexynacidade

    Maria

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  3. Já me aconteceu algo do género num centro comercial, quando comprei uns cabos para uma aparelhagem.

    Quando saí e depois de desembrulhar, deitei a embalagem num dos caixotes do lixo e aí é que reparei que o adaptador pequeno tinha ficado lá dentro. Não estás bem a ver, eu a remexer aquele caixote (porque entretanto o adaptador soltou-se da embalagem) e muita gente a olhar para mim como se fosse um sem abrigo á procura de beatas de cigarro ou de restos de comida. E o raio do adaptador tinha caido mesmo no fundo do caixote.

    Constrangedor :S

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  4. lol o que eu ja me ri com isto! :P

    heheh

    Obrigado pelo comment!

    Baci.

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  5. Visto que só passaram duas horas e já escreveste no blog vou partir do pressuposto que desta vez as chaves te ficaram na mão...pelo menos espero que sim =P

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  6. Ouch... como diz o povo: não há palavras!

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  7. Quando vou despejar o lixo vejo sempre se a chave está no bolso ou na mala, ou bem apertada na outra mão para não me acontecer isso. É que não quero passar por essa experiência traumática ;)
    Bem, desta vez correu melhor, parece-me, não?

    Beijinhos*

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  8. Epá, que coisa desagradável!! Nem quero imaginar!!

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  9. LOOOOOOOOOOOOOOL

    Por isso é que quando eu carrego o saco do lixo as chaves já estão no bolso :P

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  10. Diz-me por favor que as chaves não foram lá parar de novo!!! K horror ahahahhaha lição para a vida mesmo! E o cheiro nauseabundo quando é que saiu de vez?
    Eu sou como o Jedi: chaves no bolso sempre!

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  11. Tu não existes... LOOOOOOOOOOOL

    Bem mas sempre demorou para voltares a fazer a asneira :P

    Biejinhos

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  12. Sim, pessoal, as chaves foram lá parar novamente. A sorte é que, desta vez, para além de não ter ninguém à espera, o contentor estava praticamente vazio e havia vários ramos de árvores caídos que deram um jeitaço.

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  13. Isso é que é uma tragédia... uma pessoa tanto quer fazer, que acaba a fazer porcaria.

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  14. Isto é um trauma e dos grandes!
    Beijinho :)

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  15. Super Sónica

    O cheiro a lixo saiu logo com o banhinho, claro!! Nós é que ficámos com aquela sensação no nariz o resto da noite.

    Aflito:

    Claro que sim! Adoptei-o como o meu novo perfume. Muito fashion.

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  16. ai Deus meu ... again?!?
    :D

    desta vez sem arranhões espero

    **

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  17. Há situações que não esquecem por mais tempo que passem!
    Imagino essa troca cúmplice de olhares entre tu e a tua amiga.

    Beijinhos

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  18. Tu não me digas que foram lá parar novamente!

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  19. Ui....
    Again?????

    A mim o pior que me aconteceu foi estar no elevador do prédio... um dia de manhã a caminho do trabalho... e as chaves da garagem saltarem da mão e cairem precisamente na ranhura e irem parar ao poço do elevador...

    claro que... eram as unicas chaves que eu tinha para tirar o meu carro da garagem :(

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  20. Ai eu nem sei o que fazia! Acho que deixava lá as chaves e vinha-me embora (eu tenho umas suplentes..)

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  21. Ahahahahaha.. Eu sempre tive esse terrível medo, daí sempre me lembrar disso em pleno acto.

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  22. ahahah you know what they say, karma is a bitch x)

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  23. Por acaso sempre que vou levar o lixo fico a pensar "Ainda vou mandar o telefone ao lixo", ou as chaves, ou a carteira... sei lá, com a sorte!

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