Por mais que pense no assunto, não consigo encontrar uma relação lógica entre os conceitos que servem de título a este post. Será que existe, de facto?
Uns não dependem de outros, mas também nem sempre se excluem. Algumas vezes poderão ser causa-efeito. Outras, nada os relaciona. Podem existir todos juntos ou nunca se cruzarem entre si.
Quando eu penso nas pessoas que conheço, com quem convivo, com quem me vou cruzando, que fazem ou ja fizeram parte da minha vida de alguma forma, por vezes tento perceber o que é que as difere tanto umas das outras ao ponto de, com elas, criar ligações tão diferentes.
A simpatia que se nutre ou não por alguém poderá ser um princípio, mas não é meio caminho andado. Pelo menos, não para mim. Eu posso simpatizar com 10 pessoas e, no entanto, não encontrar qualquer afinidade ou criar algum tipo de cumplicidade com essas mesmas 10 pessoas. Provavelmente, a afinidade e a cumplicidade implicam a existência de uma simpatia prévia, mas esta não gera obrigatoriamente as outras duas.
Da mesma forma que a existência de afinidade não implica a existência de cumplicidade. Existem pessoas com quem encontro uma série de afinidades, ou seja, gostos iguais, formas de pensar, de agir e de ser semelhantes, mas com quem nunca conseguirei ter a tal cumplicidade. Não acontece.
Da mesma forma que a existência de afinidade não implica a existência de cumplicidade. Existem pessoas com quem encontro uma série de afinidades, ou seja, gostos iguais, formas de pensar, de agir e de ser semelhantes, mas com quem nunca conseguirei ter a tal cumplicidade. Não acontece.
Existem pessoas com quem consigo conversar durante horas, com quem os assuntos vão fluíndo naturalmente sem darmos por isso. Depois existem aquelas com quem, ao fim de 10 minutos, o assunto se esgota.
Existem também aquelas com quem poderei conviver quase diariamente e com quem não consigo estabelecer qualquer grau de intimidade, e depois existem aquelas que passo anos sem ver ou falar, mas que ao reencontra-las percebo que a intimidade que existia em nada se alterou.
No entanto, pode existir intimidade sem que exista propriamente afinidade ou cumplicidade. Pessoas com quem tenho um à vontade enorme, mas com quem não me identifico minimamente.
Depois existe a empatia. Aquela sensação de entendermos tão bem outra pessoa como se de nós mesmos se tratasse. Aquela sensação de conseguirmos descodificar cada palavra, reacção ou emoção, como se fossem nossas. E tantas vezes esta empatia não implica nem intimidade nem cumplicidade.
E no fim, parece-me que nenhuma destas coisas está obrigatoriamente relacionada com o tipo de convívio ou relacionamento que se tem com os outros, nem com as semelhanças ou diferenças existentes, nem mesmo com o facto de se conhecer alguém há muito ou há pouco tempo.
Provavelmente todas elas terão alguma explicação que eu não conheço. Ou então não, simplesmente acontecem e não se explicam.
Numa relação amorosa é indispensável a intimidade e a cumplicidade. Se não tiver isso, não sinto que a relação seja plena e verdadeira. Em relações de amizade, também depende do grau de amizade. Posso não ser uma amiga íntima, mas ter grande afinidade e empatia com aquela pessoa. Por outro lado, podemos não ter grandes afinidades (sermos competamente diferentes em termos de gostos) e mesmo assim haver uma certa cumplicidade, pois conhecemos e entendemos a outra pessoa.
ResponderEliminarAi Ana...
ResponderEliminarexistem pessoas sim... que acabamos de as conhecer e puff... falamos falamos e falamos... e sim... tens uma empatia indiscritivel...
depois existem aqueles que o nosso organismo parece que repugna...
quimica sera?
:)
Falaste em 4 coisas que não se consegue explicar. Ou há ou não há, o porquê disso não faço ideia.
ResponderEliminarMas a intimidade ganha-se com o tempo, os outros surgem assim do nada de forma surpreendente. São as maravilhas das relações humanas. :)
Loira:
ResponderEliminarSerá que a intimidade se ganha com o tempo, obrigatoriamente?
É que, tal como disse no post, existem pessoas com quem convivo diariamente e há vários anos e com quem não tenho intimidade nenhuma, e depois existem aquelas que conheço há pouquíssimo tempo e a intimidade surge naturalmente.
Intimidade e tempo estão ligadas, claro, mas obvio que nem todos que eu conheço a muito tempo tenho intmidade.
EliminarAi Ana, Ana!
ResponderEliminarNão poderias vir com um post mais simples?
Mulheres!! Sempre a complicar. ;)
Creio que à partida a afinidade será um dos factores que mais influencia uma relação. A intimidade e a cumplicidade só surgirão se existir receptividade nos indivíduos envolvidos... basta um não aceitar e puff! tudo se esfuma. A empatia é algo pessoal... a percepção e o modo como entendemos o outro.
São tantos os factores que influenciam a convivência entre as pessoas que daria conversa para muito tempo. A «EM!» chama-lhe química... não sei se será pelas feromonas (esta miúda só pensa em sexo, livra!)... eu provavelmente chamar-lhe-ia selecção natural.
Beijinhos... e para a próxima fala de bola ou política. ;)))
Para qualquer ums dos 4 tópicos, primeiro é preciso gostar da outra pessoa...
ResponderEliminarNão, este tipo de coisas não é linear.
ResponderEliminarSó com algumas pessoas é que é possível.
Allie:
ResponderEliminarPois, lá está. São conceitos que parecem andar de mãos dadas mas no fundo nem sempre andam.
:-)
Eu Mesma:
ResponderEliminarA empatia, para mim, é das mais dificeis de explicar. De facto, há pessoas que nos despertam aquela sensação de já as conhecermos há uma eternidade...
J.P:
ResponderEliminarLOL
No dia em que eu escrever um post sobre política, internem-me s.f.f!
É sinal de que já não estou a jogar com o baralho todo:-)
C.C:
ResponderEliminarEu preferi usar o termo "simpatizar"...:-)
Não tenho medo de dizer que gosto de alguém, nem de que não gosto. Gostar é isso. Gosta-se ou não se gosta. Simpatizar transmite uma sensação de pena, e pena tem a galinha.
ResponderEliminarC.C:
ResponderEliminarNão usei o termo simpatizar por medo de usar outro. Também não tenho medo de dizer quando gosto de alguém.
Mas preferi usar este termo porque queria referir-me a algo mais imediato. Gostar de uma pessoa já implica uma certa proximidade, um contacto mais permanente, uma continuidade. A simpatia é aquela sensação agradável que alguém nos transmite numa primeira impressão, por exemplo.
Não acho que transmita sensação de pena... longe disso.
para mim um relacionamento eficaz e duradouro vem sobre um tripê de três estágios, Identificação(em que nos aproximamos) Afinidade(como nos aproximamos) e cumplicidade,(por que nos aproximamos) Oras, a meu ver estes três aspectos, nada mais são que períodos de tempos, demarcados, pela essência e a égide do diálogo e da satisfação ou não... Empatia, Simpatia, fica pra depois.... Senão como explicar, ao menos "em parte" pessoas que vem do acaso, mesmo á distância, e se envolvem conosco, e por outro lado, como compreender pessoas que cresceram ao nosso lado, e depois se foram? Syd ARCANO jr
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